Tatubeleza!

Essa semana eu fui no colégio de meu irmão, que também foi meu colégio, da sexta série ao terceiro ano do ensino médio. Ele ia fazer prova às cinco da tarde e umas 3 e meia a gente saiu pra comprar uns cds virgens. Aí, ele me pediu pra ficar lá com ele fazendo companhia até a hora do teste. Eu fui. Tenho que confessar que foi um tanto traumático.
Vamos por partes.
Em primeiro lugar, eu odiava aquele colégio. Eu não tenho boas memórias daquele colégio( a não ser memórias pessoais que nada tem a ver com a organização, estrutura ou o que quer que seja de responsabilidade da diretoria). Desde a oitava série. Eu era meio "sujinha"( no bom sentido, é claro), me achava punk, odiava patricinha, e coisa e tal. Quase não tinha amigos, só uma meia duzia de vagais sujinhos iguais a mim. Fiquei de recuperação em física.
No segundo grau então foi indo de mau a pior. Tinha um professor, que diziam ser homossexual enrustido, que odiava o fato de que eu tinha namorado , eu acho que ele não gostava de casais hetero sendo felizes (não, não é Gilvan, eu adoro Gilvan...é outro professor bicha, que diga-se de passagem não ensina mais lá) e ficava enchendo nosso saco, e como tinha moral na diretoria ( ele já tinha sido coordenador) mandava o coordenador ( que eu também odeio) ligar pra minha avó pra dizer que eu vivia me agarrando "nas dependências do colégio"( o que era mentira). Além disso, é um colégio elitistazinho, que não tem ética alguma, a ponto de nem sequer suspender alunos que espancaram um outro menino a ponto de deixar ele de cama durante um bom tempo nos jogos internos, só por que eram de "boa família". Portanto, ir até aquele colégio e relembrar dos tempos de provas coletivas com todas as turmas não é uma coisa lá muito agradável.
Em segundo lugar, eu me senti uma alienígena. Pessoas me olhando. Jovens. Teens. Um tempo em minha vida que passou. Me senti muito esquisita. Ainda teve um cara que chegou pra meu irmão e falou: " namorada, é?". Pode?
Outra coisa que me chamou a atenção foi que, cada vez mais, as meninas e os meninos estão mais idiotas.Patricinhas, playboys, new generation radicals, malacos e futuros espancadores. Todos reunidos num mesmo lugar. Tinham as exceções, claro. E algumas dessas exceções me intimdam bastante. São os meus futuros coleguinhas de Kung fu, Renata e Eduardo. Pois é, eu, universitária, adulta e vacinada, vou, segunda feira,na minha primeira aula, ser motivo de riso de jovenzinhos. Hehehe, tô brincando. Eles são bem legais e vai ser legal fazer aula com eles.
Mas o fato é que mesmo tendo ficado constrangida naquela situação por todos os motivos acima mencionados, foi interessante voltar lá e ver como as coisas estão, e que não mudaram.
Talvez eu nem precise mais ficar me sentindo nostálgica em relação aos tempos de segundo grau.