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para mim
quarta-feira, março 31, 2004
Hoje, eu fui com Deborah assistir ao filme "Paixão de Cristo". Fiz um esforço, catei moeda aqui, moeda ali e consegui juntar a grana. Valeu? Valeu. Só pra fazer uma série de constatações que relatarei a seguir, neste post e no proximo
Balanço do filme: uma porcaria. Quem é cristão, sofre. Quem não é, contorce-se de agonia diante de tantas chibatadas, de tanto sangue e de tanta apelação, e só. Este foi exatamente o meu caso. Se não fosse o meu bloqueio natural intransponível à melodramática história de Jesus que morreu na cruz para salvar os homens e coisa e tal, eu teria me derretido em lágrimas. Por que? Por que simplesmente eu odeio dor. Abomino a simples idéia de dor fisica. Repudio sangue. Não me importa se era Jesus. Era só alguém gritando, levando chibatadas, sangrando( com feridas abertas por TODO o corpo) e carregando uma porra de uma cruz de madeira do tamanho do caralho. E, como eu já disse, foi JUSTAMENTE por que era Jesus, e por que eu não queria que as pessoas, na minha vaidade imbecil, pensassem que eu estava chorando emocionada com a morte do filho de Deus, que eu não chorei. Como disse Deborah sabiamente, compartilhando da minha opinião, se fosse um cachorrinho, eu teria passado mal de tanto chorar. Pode crer que eu teria.
Ah, eu sou uma herege.
Podem me crucificar, cristãos.
E olha que eu nem contei a parte onde eu e Deborah constatamos que Jesus ( antes das chibatadas, claro) dava um caldo. E que caldo, menina.