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terça-feira, abril 05, 2005
Tem mais de seis meses que eu não posto nada aqui neste blog, acho que por que minha cabeça andou a mil nos ultimos tempos, e eu não conseguia nem parar e escrever.
E minha cabeça ainda anda a mil, se eu levar em conta que sábado eu acordei tão ansiosa, mas tão ansiosa que nem consegui comer. E aí, como resultado, em pleno sábado à noite fiquei em casa, com enxaqueca, deitada na cama, quase chorando de dor e de tristeza por que a minha vida é uma grande porcaria e eu não tenho absolutamente nada com que me preocupar, nada a que me apegar...nem ao menos me distrair, ora essa... faz muito tempo que eu abandonei a imagem da vida como algo com um motivo, há meses eu não vejo a existência com algum propósito concreto. Nos ultimos tempos eu tenho tentado levar as coisas na brincadeira, me enganar um pouquinho, não faz mal né? e não tem coisa mais chata nesse mundo que uma pessoa chorona e reclamona, "profunda" e deprimida por que o existencialismo corrói, e por que a vida na verdade não tem sentido. Porra nenhuma, eu adoraria ser uma besta que acredita nas pessoas e nas coisas, e pra quem o ser humano é lindo e terno e que mesmo se dando mal acredita que tudo tem uma razão de ser e tal. Eu queria mesmo é ser feliz com minhas saídas de fim de semana, estar feliz com a bola da vez, uma felicidade de mentira é claro, por que no final das contas eu ia ver que era tudo mais um joguinho de interesses mas qual seria o problema afinal de contas, semana que vem eu acharia um novo imã pra meus impulsos, um novo alvo pra toda a minha necessidade de dar e receber carinho acumulada. E aí tudo começaria de novo. Mas acontece que isso cansa. Como cansa a imensidão de novos projetos que eu crio pra mim mesma e que eu nunca coloco pra frente por que eu não tenho força. Por que eu não vejo verdade, não vejo ligação real comigo. Me chamam de apática mas eu não sou apatica. Eu me emociono, eu me apego, eu choro. Eu não sei por que eu não consigo ir pra frente, por que eu sempre me sinto estática e acabo prostrada numa cama numa noite de sábado por causa de uma enxaqueca maldita que com certeza tem razões psicossomáticas.
Eu detesto estar assim. Eu não gosto de ficar triste. Eu não gosto de falar que eu estou triste, por que ai eu me torno chata e repetitiva e ninguem me aguenta, e com razão.
Mas eu cheguei à conclusão de que eu não consigo mais carregar o peso de minha pseudoautosuficiência. E se eu tiver que acabar sozinha por causa disso, talvez seja até melhor.

posted by Mariana 6:11 PM




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Mariana Rocha,20 anos.
Pessoa de principios.
Estudante de Direito.
Uma mulher quase-adulta.





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